segunda-feira, 26 de agosto de 2013

História: O índio brasileiro







       Vamos conhecer agora quem eram e como viviam os índios brasileiros na época pré-colombiana.
       Os índios brasileiros não eram tão desenvolvidos como as sociedades inca e asteca. Eles não tinham um sistema de escrita, mas fabricavam objetos de osso, madeira e cerâmica e trabalhavam bastante. Nas suas aldeias, não havia ninguém desamparado ou sem teto, como vemos na nossa sociedade; e as cabanas eram grandes e arejadas.
       Mas nem tudo era perfeito nas tribos, pois havia guerras entre elas pelo mais variados motivos, sendo o principal deles a luta pela sobrevivência.
       Os portugueses enfrentaram muita resistência por parte dos índios, por isso os conflitos levaram à morte grande parte da população indígena, isso sem contar com as doenças trazidas pelos europeus. Quando os nativos não eram mortos pelas armas, eram vítimas das doenças transmitidas pelos brancos: varíola, sarampo, gripe, etc.
       Estima-se que a população indígena que habitava o território brasileiro girava em torno de 4,5 milhões de habitantes. Os índios, hoje em dia, não vivem daquela mesma forma. Eles estão espalhados em reservas e protegidos por leis especiais. Encontramos índios em todo o território brasileiro. São 500 áreas indígenas demarcadas no Brasil e cerca de 300 mil índios que não falam apenas o tupi-guarani...

Em breve será publicado...
o restante. Aguardem por favor...










  

domingo, 16 de junho de 2013

Redação: 3 crônicas de artistas brasileiros.

O MÉDICO E O MONSTRO - Paulo Mendes Campos

Avental branco, pincenê vermelho, bigodes azuis, ei-lo, grave, aplicando sobre o peito descoberto duma criancinha um estetoscópio, e depois a injeção que a enfermeira lhe passa.
 O avental na verdade é uma camisa de homem adulto a bater-lhe pelos joelhos; os bigodes foram pintados por sua irmã, a enfermeira; a criancinha é uma boneca de olhos cerúleos, mas já meio careca, que atende pelo nome de Rosinha; os instrumentos para exame e cirurgia saem duma caixinha de brinquedos.
 Ela, seis anos e meio; o doutor tem cinco. Enquanto trabalham, a enfermeira presta informações:
 - Esta menina é boba mesmo, não gosta de injeção, nem de vitamina, mas a irmãzinha dela adora.
 O médico segura o microscópio, focaliza-o dentro da boca de Rosinha, pede uma colher, manda a paciente dizer aaá. Rosinha diz aaá pelos lábios da enfermeira. O médico apanha o pincenê, que escorreu de seu nariz, rabisca uma receita, enquanto a enfermeira continua:
 - O senhor pode dar injeção que eu faço ela tomar de qualquer jeito, porque é claro que se ela não quiser, né, vai ficar muito magrinha que até o vento carrega.
 O médico, no entanto, prefere enrolar uma gaze em torno do pescoço da boneca, diagnosticando:
 - Mordida de leão.
 - Mordida de leão? - pergunta, desapontada, a enfermeira, para logo aceitar este faz-de-conta dentro do outro faz-de-conta. - Eu já disse tanto, meu Deus, para essa garota não ir na floresta brincar com Chapeuzinho Vermelho...
 Novos clientes desfilam pela clínica: uma baiana de acarajé, um urso muito resfriado, porque só gostava de neve, um cachorro atropelado por lotação, outras bonecas de vários tamanhos, um Papai Noel, uma bola de borracha e até mesmo o pai e a mãe do médico e da enfermeira.
 De repente, o médico diz que está com sede e corre para a cozinha, apertando o pincenê contra o rosto. A mãe se aproveita disso para dar um beijo violento no seu amor de filho e também para preparar-lhe um copázio de vitaminas: tomate, cenoura, maçã, banana, limão, laranja e aveia. O famoso pediatra, com um esgar colérico, recusa a formidável droga.
 - Tem de tomar, senão quem acaba no médico é você mesmo, doutor.
 Ele implora em vão por uma bebida mais inócua. O copo é levado com energia aos seus lábios, a beberagem é provada com uma careta. Em seguida, propõe um trato:
 - Só se você depois me der um sorvete.
 A terrível mistura é sorvida com dificuldade e repugnância, seus olhos se alteram nas órbitas, um engasgo devolve o restinho. A operação durou um quarto de hora.
A mãe recolhe o copo vazio com a alegria da vitória e aplica no menino uma palmadinha carinhosa, revidada com a ameaça dum chute. Já estamos a essa altura, como não podia deixar de ser, presenciando a metamorfose do médico em monstro.
 Ao passar zunindo pela sala, o pincenê e o avental são atirados sobre o tapete com um gesto desabrido. Do antigo médico resta um lindo bigode azul. De máscara preta e espada, Mr. Hyde penetra no quarto, onde a doce enfermeira continua a brincar, e desfaz com uma espadeirada todo o consultório: microscópio, estetoscópio, remédios, seringa, termômetro, tesoura, gaze, esparadrapo, bonecas, tudo se derrama pelo chão. A enfermeira dá um grito de horror e começa a chorar nervosamente. O monstro, exultante, espeta-lhe a espada na barriga e brada:
 - Eu sou o Demônio do Deserto!
 Ainda sob o efeito das vitaminas, preso na solidão escura do mal, desatento a qualquer autoridade materna ou paterna, com o diabo no corpo, o monstro vai espalhando terror a seu redor: é a televisão ligada ao máximo, é o divã massacrado sob os seus pés, é uma corneta indo tinir no ouvido da cozinheira, um vaso quebrado, uma cortina que se despenca, um grito, um uivo, um rugido animal, é o doce derramado, a torneira inundando o banheiro, a revista nova dilacerada, é, enfim, o flagelo à solta no sexto andar dum apartamento carioca.
 Subitamente, o monstro se acalma. Suado e ofegante, senta-se sobre os joelhos do pai, pedindo com doçura que conte uma história ou lhe compre um carneirinho de verdade.
 E a paz e a ternura de novo abrem suas asas num lar ameaçado pelas forças do mal.






Horóscopo- Carlos Drummond de A.





- Telefonaram do escritório, bem. Seu chefe mandou perguntar por que você não foi trabalhar.-  E você deu o motivo?- Não.- Podia ter dado.- Ora, Alfredinho, isso é motivo que se dê?- Por que não? Se há motivo, está justificado. Sem motivo é que não cola.- Então eu ia dizer ao seu chefe que você não trabalha hoje porque o seu horóscopo aconselha: "Fique em casa descansando"?- E daí, amor? Se meu signo é Touro, e se Touro acha conveniente que eu não faça nada, como é que eu vou desobedecer a ele?- É, mas com certeza seu chefe não é Touro, e não vai achar graça nisso.- Ele é Áries, está ouvindo? E o dia não está para relações entre Áries e Touro. Pega aí o jornal. Faz favor de ler com esses belos olhos cor de pervinca: "Áries -  Evite rigorosamente discussões com subordinados".- Mas se ele evitar, não tem perigo para você.-  Ele pode evitar, sim, deve evitar. E para colaborar com ele, eu fico em casa.- Mas se você não comparece, ele pode vir ao telefone e pegar numa discussão danada com você, dessas de sair fogo.- Não atendo telefone durante o dia. Não posso atender. Não vê que estou descansando, que o horóscopo me mandou descansar? É favor não fazer rebuliço nesta casa. Amor e paz, para o descanso do guerreiro.- Pra mim você está é com preguiça, e das bravas.- Posso estar com preguiça, e daí? Preguiça é relaxante, restaura as energias, predispõe para o trabalho no dia seguinte. Mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Se eu não faço nada hoje, não é porque estou com preguiça. É em atenção a um mandamento superior, à mensagem que vem dos astros, você não percebe?- Percebo, sim, mas não concordo.- Pode se saber por que a excelentíssima não concorda com aquilo que percebe e que está devidamente explicado?- Pode.- Então explica, vamos.- Gozado, Alfredinho, até parece que para você só existem dois signos no zodíaco: Touro e Áries, você e o patrão.- Espera lá, você queria que eu não prestasse atenção em Touro? Áries eu li hoje por acaso, porque está ao lado de Touro, em coluna paralela.- Coincidência: você saber que seu chefe é Áries, e...- É sim.- E por que você guardou na cabeça que ele é Áries?- Ora por quê! Ele fez anos no mês passado, amorzinho. Até contei a você que oferecemos a ele uma batedeira. Soubemos que a mulher dele precisava de batedeira, fizemos uma vaquinha e pronto. Mas por que você diz que para mim só existem dois signos?- Pelo menos Sagitário você ignora.- Como que eu ia ignorar Sagitário, se é o signo de você, minha orquídea de novembro 25?- É, mas esqueceu de ler que o dia é propício para reuniões sociais de Sagitário, e saiba que esta sua orquídea de novembro 25 vai reunir hoje as amigas aqui em casa. Trate de se mandar, querido.- Sem essa! Touro me manda descansar em casa, e você me enche a casa com mulheres?- É, Sagitário não ia fazer isso comigo! Eu já tinha harmonizado Touro com Áries!- Pode continuar harmonizando, se for descansar em casa do Tostes, que é Virgem, eu sei, ele é nosso padrinho de casamento. O horóscopo do Tostes recomenda prestar serviço a um amigo. Assim, Touro, Virgem, Áries e Sagitário ficam inteiramente harmonizados, cada um na sua, um por todos, todos por um. Ande, vá se vestir rapidinho, rapidinho, e rua, seu vagabundo!

A humanidade sempre foi uma ilusão à toa- Arnaldo Jabor

EESTOU DE SACO cheio; vou telefonar para o Nelson Rodrigues para ver se ele me dá alguma luz, lá do céu. Disco o telefone preto. Não quero mais falar sobre esta guerra santa, mas caio sempre neste tatear confuso, tentando raciocinar com as luzes do bom senso, de causa e efeito, da psicologia. Mas o terror não se explica. Ali, entre o Tigre e o Eufrates, é que nasceu o mundo e pode ser que acabe ali também. O telefone toca. Já ouço as risadinhas dos serafins que ficam contando piadinhas de sacanagem. — Nelson... sou eu, o Arnaldo... — Você me ligando, rapaz... como um telefonista de si mesmo... Achei que tinha me esquecido... — Eu jamais te esqueço... mas estou apavorado com a História humana... — Pára com isso, rapaz, a História não existe... Não é que a História acabou, como disse aquele japonês do Pentágono; não, a História nunca existiu... Ela foi uma invenção daquele alemão, o tal de Hegel, que, aliás, está ali sentado numa nuvem, chorando lágrimas de esguicho numa cava depressão... O sujeito achava que a "história" se movia em direção a uma "espiritualidade absoluta" e, de repente, descobre que meia dúzia de malucos, cheirando a banha de camelo, com camisolas imundas e com a face alvar da estupidez completa, está transformando a vida humana numa sinistra piada de português... ah! ah!... A História humana é um pesadelo humorístico. Você achava que a vida era movida pelas "relações de produção" e coisa e tal... Pois, está aí... a única coisa que existe é a loucura humana... Aqueles macacos que, na Idade do Gelo, se esconderam numas cavernas sujas pra não morrer de frio tiveram de inventar a tal da "linguagem", para preencher o vazio entre eles e a natureza... O homem não é superior aos outros animais, não. Ele é inferior, ele veio com defeito de fábrica... O Nietzsche, aquele cara esquisitão que também anda por aqui, bigodudo, muito sério, falando sozinho, escreveu que "num planeta distante, animais inteligentes inventaram o Conhecimento. Foi o instante mais arrogante e mentiroso do universo. Mas, depois de alguns suspiros da Natureza, o planeta acabou e os tais animais inteligentes morreram..." O Nietzsche é um craque... Sempre que eu posso, tomo um cafezinho com ele. — Mas Nelson, o herói suicida é invencível... — Engraçado... todo mundo está impressionado com os suicidas... A coisa mais fácil do mundo é o sujeito se matar, rapaz. Na minha infância profunda, toda semana, casais de namorados se jogavam do Pão de Açúcar, os amantes faziam pactos de morte e tomavam guaraná com formicida, as mocinhas ateavam fogo às vestes e se jogavam dos prédios como busca-pés de São João... Era lindo... as mulheres suspirando por um suicídio de amor... — Mas esses caras acham que o suicídio leva ao céu... Aliás, você viu algum deles por aí? — Olha... a gente só vai para o céu em que acredita... Os árabes não vêm para cá... Se bem que o paraíso deles até que não é longe... Outro dia, eu resolvi dar uma espiadinha lá... Rapaz, parecia o baile do Bola Preta! Os terroristas eram como artistas de televisão, dando autógrafos, cheios de macacas-de-auditório em volta. O Muhamad Atta, aquele chefe-suicida, estava deitado numa cama de ouro e rubis, com odaliscas do Catumbi rebolando a dança do ventre, ali, feito a Feiticeira... Tudo que eles jamais tiveram no deserto eles têm aqui em cima. "Pois, agora, rapaz, vou te dizer uma coisa 'social': os reis da Arábia Saudita, da Líbia, do Iêmen, todos adoram que o inimigo seja o americano, vivem felicíssimos nos seus palácios com cascatinhas artificiais e filhote de jacaré nadando dentro, enquanto os miseráveis batem cabeça para Alá e não percebem que são os otários de Maomé... Isso é que é o haxixe do povo! — Nelson, você ficou marxista aí no céu... — O Marx me chama de "reacionário", mas me ouve muito... Ele anda chateadíssimo com as bobagens que escrevem sobre ele, inclusive amigos da Academia... Eu disse para ele: "Olha, Marx, a burrice é uma força da natureza, feito o maremoto"... Ele vive repetindo isso, achou uma graça infinita... Bom sujeito, o Marx... — É... mas a História andou mil anos para trás... — Rapaz, nunca saímos da barbárie... pensa bem... tivemos duas guerras mundiais num século, sem contar Vietnã e coisa e tal... Se os alemães fizeram aquilo tudo, se os americanos derreteram 150 mil em 30 segundos em Hiroshima, imagine aqueles cretinos... Reparou que eles parecem um homem só ? Todos calmos, com a certeza da verdade lhes iluminando a fisionomia... A loucura é calma, o louco não tem dúvidas... Por isso, eles vão ganhar sempre... A razão é um luxo de franceses... — Mas e o futuro da humanidade... — O mundo nunca foi feliz... esse negócio de paz e felicidade global é invenção do comércio americano... O que houve agora é que os terroristas jogaram a gente de volta para dentro da tal "História". Além do mais, isso tinha de acontecer... Como o homem ia suportar aquela paz americana, com tudo arrumadinho como um supermercado... A loucura é a revolta do animal domesticado dentro de nós... Esse papo da Humanidade toda dando milho para os pombos na praça é lero-lero... Deus não quer isso. Vai olhar a Bíblia, o Torá; é tudo no "olho por olho"... Lembra a Inquisição? Deus é violento... (tô falando baixo que ele tá ali perto consolando o Hegel) . — Mas o ser humano... — Rapaz... a humanidade é uma ilusão. "Tudo que é real é irracional, tudo que é irracional é real." Se o mundo acabar, não se perde absolutamente nada... — E nós? — Agora sim, seremos o país do futuro. Graças a Deus, eles, os americanos, vão nos esquecer um pouco... Aí, a gente pode ir construindo a nossa grande Bahia intemporal, nosso Rio transcendental, nosso grande carnaval permanente. Finalmente, o subdesenvolvimento servirá para alguma coisa... — Deus te ouça, Nelson...

Redação: Características principais do gênero Crônica.

Crônicas:

  
           Uma flor que nasce, uma brincadeira de criança, um dia na praia são cenas cotidianas que, muitas vezes, passam despercebidas por nós.
                       Neste blogger, você irá ver a crônica, um gênero que apresenta de modo subjetivo esses fatos que estão presentes em nosso dia a dia.

                        

  A crônica tem como matéria-prima a realidade, mas não é mera reprodução do real. O cronista se inspira tanto no noticiário jornalístico como em acontecimentos cotidianos que ele viveu ou observou em casa, na rua, no ambiente de trabalho, etc., porém apresenta os fatos de acordo com a interpretação que faz deles, acentuando seu caráter poético, humorístico ou crítico.


Descrição das personagens: A descrição de personagens pode ser feita pela apresentação dos seus aspectos físicos, dos objetos que lhes pertencem, das roupas, de seu modo de falar, etc. Também as ações das personagens podem indicar características do seu modo de ser.


O espaço: espaço pode ser caracterizado pela descrição das cores, dos sons e dos objetos, entre outros elementos que o compõem.


Relação dos jornais e revistas com as crônicas: Em geral, as crônicas são originalmente publicadas em jornais e revistas, normalmente em páginas fixas.
            Para dar um caráter mais permanente a suas crônicas, alguns cronistas reúnem seus melhores textos e os publicam em livros.


Recursos que compõem a crônica: Um mesmo fato do cotidiano pode ser apresentado pelo cronista com um destaque para os elementos humorísticos, realistas, dramáticos, etc.
             Uma situação final inesperada é um dos recursos que podem ser usados para enfatizar o humor do texto.


Fatos narrados: Os fatos narrados nas crônicas não são necessariamente reais. Podem ter sido apenas imaginados, podem conter uma parte de realidade e uma de ficção, podem ter acontecido a uma outra pessoa, e não ao cronista. No entanto, vários fatores contribuem para que eles tenham ao menos uma aparência de realidade.

. O uso frequente (apesar de não obrigatório) da primeira pessoa.
. O tom de aparente conversa descompromissada.


Literatura ou jornalismo?: A crônica pode ser considerada uma soma de literatura e jornalismo. Ela é jornalística porque pode partir de um fato real e se destina a ser publicada em jornal ou revista; e é literária porque apresenta uma percepção pessoal desse fato e utiliza recursos de linguagem característicos de romances, contos e outros textos literários.
              Quanto á forma, as crônicas são muito variadas: existem desde aquelas em que se conta uma pequena história e que, por isso, se aproximam dos contos, até aquelas em que o cronista apresenta sua visão crítica da realidade e que se parecem com artigos de opinião.



Cotidiano: "Uma das funções da crônica é interferir no cotidiano. Claro que essas que interferem mais cruamente em assuntos momentosos tendem a perder sua atualidade quando publicadas em livro. Não tem importância. O cronista é crônico, ligado ao tempo, deve estar encharcado, doente de seu tempo e ao mesmo tempo pairar acima dele."



Artistas crônicos: Existem vários artistas crônicos, como Paulo Mendes Campos: escritor mineiro. Fernando Pessoa e Ivan Ângelo, entre os demais. E claro suas obras textuais. Paulo Mendes Campos por exemplo se destacou com sua crônica: O médico e o Monstro. E Ivan Ângelo com: Pitangas.



Curiosidades: Confira as curiosidades.

Um Clássico Universal: O médico e o monstro é o título de um dos clássicos da literatura mundial. Escrita por Robert Louis Stevenson em 1886, a história se baseia em fatos verídicos: um habitante de Edimburgo, na Escócia, chamado William Brodie, era um respeitado marceneiro durante o dia e, à noite, roubava as casas dos moradores da cidade.
                  O romance se passa em Londres, no final do século XIX. Naquela época, essa cidade já possuía milhares de habitantes, a maioria constituída por pessoas muito pobres.



domingo, 2 de junho de 2013

História: A história dos povos árabes.

 Os árabes:

          Os árabes ocupavam a Península Arábica, onde hoje está a Arábia Saudita, uma região muito difícil para o desenvolvimento de qualquer povo. A maior parte desse território corresponde a um imenso deserto, muito quente e desprovido de água e vegetação. O clima quente do deserto tornava quase impossível o desenvolvimento de atividades ligadas á agricultura.
          A maioria das tribos que ocupou essa região era nômade e vivia do pastoreio, transportando mercadorias pelo deserto, e também do comércio com outros povos, como era o caso dos beduínos. Apesar dessa ligação comercial, as tribos árabes viviam isoladas até o início da grande expansão do islamismo.
          As grandes cidades árabes surgiram ao redor dos oásis. Provavelmente, você já viu um oásis em algum desenho ou filme. São locais do deserto onde a água brota, propiciando o desenvolvimento de plantas e árvores, que facilitam a sobrevivência de homens e animais.




          Apesar de todas as dificuldades, o povo árabe conseguiu se desenvolver, fundando um império com proporções semelhantes às do Império Romano. Isso só foi possível graças à religião islâmica. A crença do povo em Alá e em Maomé possibilitou grandes transformações na vida das pessoas seguidoras dessa fé.





A religião:

          Para falarmos em islamismo, não o podemos dissociar da figura mais importante da religião islâmica: Maomé.
          Maomé nasceu por volta de 570 d.C. Aos 7 anos de idade, perdeu a mãe e já não tinha pai antes de nascer. Após ficar órfão, foi morar com o tio, que era comerciante. Esse fato fez com que Maomé acompanhasse o tio em suas viagens por diversos locais, como a Síria e a Palestina, e entrasse em contato com religiões monoteístas (o judaísmo e o cristianismo), que influenciaram o islamismo. Maomé casou-se aos 25 anos com uma viúva rica, o que facilitou a sua vida, pois passou a dedicar-se à meditação e aos estudos
          Inicialmente, os árabes eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. Por volta do ano 610 da Era Cristã, aos 40 anos, Maomé teve uma visão do anjo Gabriel enquanto realizava um retiro espiritual numa das cavernas do Monte Hira. O anjo havia descido até ele e revelado os detalhes de uma nova religião-só havia um único deus, Alá, e todos os outros eram falsos. Maomé voltou para casa e começou a pregar a nova crença.
          A cidade de Meca, onde Maomé nasceu, no ano 570, ficava onde hoje é o território da Arábia Saudita e vivia do comércio de artefatos dos diversos deuses adorados na época. Os vendedores-insatisfeitos com as pregações de Maomé,pois...


Ainda em andamento,
por favor aguardem...